Uma central de oito turbinas encravada dentro de uma montanha no Canion do Cauca, na Colômbia, será capaz de atender a 17% da demanda de energia elétrica do país, com 2.400 megawatts de potência, o suficiente para abastecer 8 milhões de pessoas, ou ao total que hoje é consumido no Estado do Pará.
A obra da Usina Hidrelétrica de Ituango é sinônimo de marcas superlativas. Será a maior da Colômbia, captará água de um dos maiores rios do país, o Cauca, preservando o ambiente, é a maior obra de infraestrutura em andamento em território colombiano. A casa de máquinas tem a dimensão de um campo oficial de futebol e a altura de um prédio de 17 andares.
A obra é executada pela Camargo Corrêa Infra, que lidera o Consórcio CCC Ituango em parceria com a Constructora Conconcreto e a Coninsa-Ramón H, ambas colombianas.
O maior desafio do projeto é a engenharia de precisão e expertise. Grandes túneis captarão a água do rio, processarão a energia dentro da montanha e devolverão ao rio o seu volume normal. A Camargo Corrêa Infra chegou a mobilizar 9.000 profissionais, hoje são cerca de 3.200, 99% colombianos.

“A vida em Ituango se assemelha ao cotidiano de uma cidade. São milhares de profissionais distribuídas em turnos circulando dentro de uma montanha. Aqui temos toda a infraestrutura, como refeitórios, centro médico, 42 blocos de alojamento, academias, quadras de futebol, piscina, lan house, sala de TV e oratório, entre outros”, diz Braulio Saraiva Jr, diretor geral da Obra de Ituango.
De fato. Para se ter uma ideia da grandeza do local, nossos profissionais trabalham em uma obra que já consumiu 562,3 mil metros cúbicos de concreto, o suficiente para construir sete estádios do Maracanã, por exemplo.
“A Camargo Corrêa Infra está em um projeto desafiador e isso é estimulante para podermos desenvolver novos métodos de trabalho e agregar conceitos que serão utilizados em outros projetos”, afirma Alexandre Higa, diretor de Engenharia da obra.